TEXTO: Am 4.12
INTRODUÇÃO: Em um contexto
conturbado, de injustiça social tão gritante, de escândalos tão ruidosos e da
desesperança, o livro de Amós é uma trombeta de Deus que deve ser tocada no
palácio, no parlamento e nos tribunais. A mensagem de Amós deve ser
anunciada nas universidades, nas ruas de comércio e nas praças, repleta de
pessoas.
TRANSIÇÃO: Amós teve uma missão difícil. Este pastor de
ovelhas de Judá foi enviado por Deus para a nação de Israel, durante o reinado
próspero de Jeroboão II, para alertar o povo que Deus estava prestes a
destruí-los.
·
A pregação dele parecia ridícula.
Ø Como poderia uma
nação forte, vivendo na luxúria do poder militar, ser tão rapidamente
destruí-da?
Ø O povo ficou
perturbado pela sombria mensagem deste pregador estrangeiro.
Ø Até mesmo
os líderes religiosos, rejeitaram a pregação de Amós.
·
Amós
não foi criado para ser um profeta.
Ø Ele não recebeu
treinamento especial em alguma escola para formar profetas.
Ø Ele era apenas um homem comum, que proclamou
uma mensagem de Deus.
Ø Reis e
sacerdotes não gostaram de sua mensagem, mas era a verdade.
·
Amós
não era alguém conveniente, ele era um verdadeiro homem de Deus.
Ø Ele
não pregava ou anunciava uma mensagem para agradar a todos.
·
Quem era Amós: Vejamos o texto: Amós
replicou: "Eu não
sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de
sicômoros. Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me
disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel. Ora, pois, ouve a
palavra do Senhor. Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem
falarás contra a casa de Isaque. Portanto, assim diz o Senhor . . ." (7:14-17).
·
Amós é um megafone de Deus. Ele é um outdoor ambulante com
uma solene mensagem para a nação de Israel. Ele faz soar a trombeta de Deus
trazendo uma mensagem solene. Nos capítulos 3, 4 e 5 deste livro, Amós proclama
três mensagens:
Ø
Explicação (3.1-15),
Ø
Acusação (4.1-13)
Ø
E lamentação (5.1-6.14).
·
Todas elas começam com a ordem: “Ouvi”.
EXORDIA: Amós é uma
mensagem que denuncia aqueles que se preparam para viver, mas não se preparam
para morrer.
·
Vivemos em um tempo que nossa geração se prepara somente para
viver, mas não estão preparados para morrer.
·
Amós capítulo 4 nos fala de um encontro com
Deus.
Ø
Mas aqui é um acerto de contas.
·
Quais foram os pecados que levaram a esse acerto
de contas?
Ø
Opressão aos pobres (4.1-3);
Ø
Corrupção na adoração (4.4,45);
Ø
Incorrigibilidade sob divino julgamento
(4.6-11).1
1.
A CORROSÃO DOS VALORES MORAIS (4.1-3)
·
Israel estava vivendo obstinadamente no pecado.
·
Tornara-se pior do que as nações pagãs.
·
Amós menciona alguns desses terríveis pecados:
I.
O culto ao corpo (4.1)
·
Basã é o território situado ao leste do rio
Jordão entre o monte Hermon e as montanhas de Gileade.
Ø
As vacas de Basã eram notórias por sua condição
de bem nutridas e fortes, porque as pastagens dessa região eram luxuriantes (Dt
32.14; Sl 22.12; Ez 39.18).
Ø
Ao chamar as mulheres de Samaria de vacas de
Basã Amós está dizendo que elas só se preocupavam com o corpo, com a aparência,
com a sensualidade e prazer.
Ø
Havia uma influencia das mulheres elegantes na
corrupção da vida social e econômica do povo de Israel.
Ø
Era uma
geração hedonista que vivia para atender os desejos do corpo.
Ø
Vivia para gratificar os ditames da carne.
Ø
Era o corpo e não a alma que preenchia as suas
horas ativas. Hoje vivemos numa geração que idolatra o corpo. É o culto ao
corpo.
II.
A busca desenfreada do prazer (4.1)
·
As mulheres viviam entregues à bebedeira.
·
Entregavam-se aos excessos, em festas caras e
requintadas.
·
A vida girava em torno do prazer.
·
Essas “mulheres da sociedade” passavam todo o
dia ociosas, bebendo vinho e dizendo aos maridos o que fazer.
III.
A ganância insaciável aliada à opressão do pobre (4.1)
·
As mulheres instruíam e empurravam seus maridos
para tomar o pouco do pobre
Ø
Para alimentarem sua ganância e satisfazerem
seus desejos carnais.
Ø
As mulheres viviam de forma fútil e nas custas
dos pobres
Ø
O luxo de suas casas, as taças de vinho
reluzentes eram o pão arrancado da boca do pobre.
Ø
As mulheres oprimiam os pobres.
IV.
A inversão dos papéis no casamento (4.1)
Ø
Os homens estavam sendo mandados pelas mulheres
e o estão fazendo pelos piores motivos.
V.
O justo juízo de Deus sobre o pecado (4.2,3)
·
Amós fala sobre duas coisas solenes nesses dois
versos:
Ø
Em primeiro lugar, o juramento de Deus (4.2). O
pecado jamais fica impune.
Ø
Em segundo lugar, o cativeiro humilhante
(4.2,3).
2.
A HIPOCRISIA NA PRÁTICA RELIGIOSA (4.4,5)
·
Tanto a vida social quanto a vida religiosa eram
governadas pelo mesmo princípio, o hedonismo.
·
Eles faziam tudo não para agradar a Deus, mas
agradar a si mesmos.
·
A
religião deles perdeu seu propósito de glorificar a Deus e passou a ser mais um
instrumento para satisfazer seus próprios caprichos.
I.
Uma religião eivada pelo sincretismo (4.4,5)
·
O rei Jeroboão I construiu novos santuários em
Betel e Dã e ali introduziu um bezerro de ouro para o povo adorar.
Ø
O culto foi paganizado.
Ø
A idolatria foi assimilada no culto.
Ø
O povo queria chegar até Deus por meio de um
ídolo.
Ø
Houve um mistura do culto cananita (adoração do
bezerro) com o culto ao Senhor. A religião israelita tornou-se sincrética.
·
O culto é bíblico ou anátema.
Ø
Deus não
quer sacrifício, ele requer obediência (1Sm 15.22,23).
Ø
Não podemos sacrificar a verdade para atrair as
pessoas à igreja
Ø
. Ele busca o que dá resultados e não o que é
verdade.
Ø
Ele tem
como objetivo agradar o homem e não a Deus.
Ø
O sincretismo passou a estar na moda.
II.
Uma religião fortemente ritualista (4.4,5)
·
Eles continuam vindo aos cultos, ofertavam e
dizimavam, celebravam suas festas, mas tinham perdido o foco.
·
Pensavam
que Deus se agradava de seus ritos ao mesmo tempo em que andavam em
escandalosas práticas da pecado.
·
Oferta sem vida é abominação para Deus.
Ø
Primeiro apresentamos a vida no altar, depois
trazemos nossa oferta.
·
Há muito cuidado com a tradição e pouco com a
verdade.
III.
Uma religião eminentemente humanista (4.4,5)
·
A motivação do culto em Betel e Gilgal não era
glorificar a Deus, mas agradar a eles mesmos.
·
A religião não era uma expressão de adoração,
mas de autogratificação.
·
A
religião era um meio de fazerem cócegas em sua própria vaidade carnal.
·
Eles iam ao templo não para buscar a Deus, mas
porque disso gostavam.
Ø
Tudo girava em torno deles mesmos. Suas músicas,
seus ritos e seus sacrifícios eram apresentados não a Deus, mas eles mesmos.
IV.
Uma religião debaixo do desgosto e reprovação de Deus
(4.4,5)
·
Betel significa “Casa de Deus”, lugar de
encontro com Deus e de transformação de vida.
Ø
Eles vinham a Betel para pecar. Vinham para
transgredir. Eles freqüentavam o templo, mas não adoravam a Deus. Eles traziam
ofertas, mas não o coração.
·
Gilgal significa o lugar da posse da bênção, o lugar
da conquista e da vitória.
Ø
Mas, eles vinham a Gilgal e voltavam vazios,
derrotados pelos seus pecados.
·
Eles viviam um aparente avivamento, mas só
aparência
Ø
Mas estavam derrotados pelos seus pecados.
3.
A OBSTINAÇÃO DIANTE DA DISCIPLINA (4.6-11)
I.
Há contínuo chamado de Deus ao arrependimento (4.6-11)
·
O profeta Amós enumera várias formas sérias da
disciplina de Deus, chamando seu povo ao arrependimento:
Ø
Em primeiro lugar, a fome (4.6). A expressão
“dentes limpos” significa fome.
Ø
Em segundo lugar, a seca (4.7,8).
Ø
Em terceiro lugar, a destruição das colheitas
(4.9).
Ø
Em quarto lugar, a enfermidade (4.10a).
Ø
Em quinto lugar, a guerra (4.10b).
Ø
Em sexto lugar, a catástrofe (4.112.A contínua
obstinação do povo (4.6-11)
·
ELES NÃO DERAM OUVIDOS.
4.
O INEVITÁVEL JUÍZO DE DEUS (4.12,13)
I.
A certeza do juízo (4.12)
·
Nós nos preparemos para viver e não nos
preparamos para morrer.
Ø
Jesus falou de um homem que se preparou para
viver, mas não se preparou para morrer. Ajuntou bens e disse: “Agora, ó minha
alma regala-te por longos anos”. Mas enquanto refestelava-se com sua
abundância, ouviu uma voz a trovejar-lhe na alma: “Louco! Esta noite te pedirão
tua alma, e o que tens preparado para quem será?”.
II.
A necessidade de preparo para o juízo (4.12)