quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O PODER DO EVANGELHO

TEXTO: Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego... Rm 1.14-16
INTRODUÇÃO: Romanos é a epistola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Paulo escreve esta epistola perto do fim da sua terceira viagem missionária. Ele estava em Corinto como hóspede na casa de Gaio. Romanos possui sete destaques:
       I.            Romanos é a mais sistemática epistola de Paulo, teológica por excelência.
    II.            Paulo escreve num estilo de pergunta e resposta, ou de dialogo.
 III.            Paulo usa amplamente o At como a autoridade bíblica na apresentação da verdadeira natureza do evangelho.
 IV.            Paulo apresenta a justiça de Deus como à revelação fundamental do evangelho.
    V.            Paulo focaliza a natureza dupla do pecado, bem como a provisão de Deus em Cristo para cada aspecto.
 VI.            O capitulo 8 é o mais longo da bíblica sobre a obra do Espírito Santo na vida do crente.
VII.            Romanos contem o estudo mais completo sobre a rejeição de Cristo pelos judeus e o plano divino redentor para todos, alcançando por fim Israel.
TRANSIÇÃO:
·         Segundo Martinho Lutero, a epistola aos romanos é a principal composição do Novo Testamento e a mais pura descrição dos ensinos contidos nos Evangelhos. 
·         Calvino escreveu “que entre as muitas e notáveis virtudes, a Epístola possui uma em particular, a qual nunca é suficientemente apreciada, a saber: se porventura conseguirmos atingir a genuína compreensão desta Epístola, teremos aberto uma amplíssima porta de acesso aos mais profundos tesouros da Escritura”.
·         João Crisóstomo, o maior pregador do século V, pedia que Romanos fosse lido em alta voz uma vez por semana.
·         Agostinho, Lutero e Wesley, três figuras extremamente importantes para a nossa herança cristã, viveram a firmeza da fé através do impacto da carta aos Romanos em suas vidas.
·         Todos os reformadores da igreja viam Romanos como sendo a chave divina para o entendimento de toda a Escritura, já que aqui Paulo une todos os grandes temas da Bíblia.
EXORDIA: Nos versos abordados por nós Paulo demonstrou três atitudes em relação ao evangelho:
       I.            Eu sou devedor (Rm 1.14);
·         Devedor é aquele que esta em obrigação para com outro.
·         Paulo reputava-se devedor de algo em relação ao mundo inteiro, sem importar a raça e a cultura dos homens
·         A ele se tinham sido confiados as riquezas de Cristo, cuja finalidade era serem distribuídas a todos por intermédio dele.
    II.            Eu estou pronto (Rm 1.15);
·         Neste tempo a capital do império romano contava com uma população de cerca de quatro milhões de habitantes, o que significa que era uma metrópole.
·         Paulo tinha o desejo de anunciar lhes o evangelho.
 III.            E eu não me envergonho (Rm 1.16).
·         Na capital da Grécia, Atenas, ou na capital do império romano, Roma, o evangelho era ridicularizado como produto do fanatismo religioso, não sendo levado a serio, especialmente no que dizia respeito à sua doutrina da ressurreição.
Ø  Para os gregos o evangelho representava uma insensatez.
Ø  Para os judeus servia de pedra de tropeço, porque expunha idéias que o antigo judaísmo não queria aceitar, como exemplo o Messias apresentado como servo sofredor.
·         Paulo estava dizendo que não me envergonharei, nem mesmo em Roma, onde os altos literários aparecem e a doutrina sobre um Salvador crucificado provavelmente nada atrairia senão zombaria, tanto contra ela mesma como contra seus promulgadores.
·         Paulo já havia pregado em lugares sofisticados como Atenas, Corinto e Éfeso, e sabia como os sábios tinham encarado sua mensagem.
Ø  Isso não o intimidava.
FRASE DE LIGAÇÃO: Do verso 16 extraímos cinco verdades:
1.      O PODER DO EVANGELHO:
       I.            O evangelho é o poder de Deus.
·         Portanto, não há qualquer fraqueza nele, pois Deus é onipotente.
·          O evangelho é a dinamite de Deus para derrubar as fortalezas do coração mais duro.
·         É a força irresistível que desarma a incredulidade mais cega.
·         O próprio Paulo, perseguidor implacável da igreja, mesmo na sua marcha sangrenta de oposição aos cristãos, foi transformado por uma ação soberana e irresistível do evangelho.
·         O evangelho quebra barreiras, derruba estruturas, penetra nos lugares mais fechados e transforma os corações mais rendidos ao pecado.
2.      O PROPOSITO DO EVANGELHO:
       I.            O evangelho é o poder de Deus para a salvação.
·         Há poder que destrói e mata, mas o evangelho é o poder que dá vida e salva.
·         O evangelho não é apenas o poder de Deus para a salvação, mas também, o único poder capaz de salvar.
Ø  A religião, os ritos sagrados, as boas obras ou quaisquer outros expedientes humanos são absolutamente insuficientes para salvar o homem.
Ø  Só no evangelho há salvação.
Ø  A centralidade do evangelho fala das boas novas de Cristo
3.      O ALCANSE DO EVANGELHO:
       I.            O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e só daquele que crê.
    II.             O evangelho não é o poder de Deus para a salvação do descrente.
·         Apropriamo-nos da salvação pela graça, mediante a fé.
·         A salvação é oferecida a todos, mas somente aqueles que crêem são salvos.
·          Não há aqui qualquer acepção de pessoas, seja de raça, posição social ou estofo cultural.
Ø  Todo aquele que crê em Jesus é salvo.
4.      A UNIVERSALIDADE DO EVANGELHO:
       I.            O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
·          O evangelho é para todos os povos.
·         Não há limitação geográfica nem barreira étnica no evangelho.
·         É endereçado a toda criatura, em todo o mundo, até aos confins da terra.
5.      A EFICACIA DO EVANGELHO:
       I.            Paulo é enfático, quando escreve: Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé... Vs. 17.
·         O homem sendo pecador, jamais poderá ser justificado diante do Deus santo com base em seus méritos pessoais, pois as nossas justiças não passam de trapo de imundícia.
·         Porém, nossas transgressões foram lançadas sobre Jesus e sua justiça foi imputada a nós, para que a justiça de Deus, revelada no evangelho, fosse apropriada por nós, pecadores, pela fé.

·         Então, aquele que crê é declarado justo diante do tribunal de Deus e passa a viver pela fé. Esse é o Poder do Evangelho. 

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