TEXTO: Eu
sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em
mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em
Roma. Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê; primeiro do judeu, e também do grego... Rm 1.14-16
INTRODUÇÃO: Romanos é a
epistola de Paulo mais longa, mais teológica e mais influente. Paulo escreve
esta epistola perto do fim da sua terceira viagem missionária. Ele estava em
Corinto como hóspede na casa de Gaio. Romanos possui sete destaques:
I.
Romanos é a mais sistemática epistola de
Paulo, teológica por excelência.
II.
Paulo escreve num estilo de pergunta e
resposta, ou de dialogo.
III.
Paulo usa amplamente o At como a
autoridade bíblica na apresentação da verdadeira natureza do evangelho.
IV.
Paulo apresenta a justiça de Deus como à
revelação fundamental do evangelho.
V.
Paulo focaliza a natureza dupla do
pecado, bem como a provisão de Deus em Cristo para cada aspecto.
VI.
O capitulo 8 é o mais longo da bíblica sobre
a obra do Espírito Santo na vida do crente.
VII.
Romanos contem o estudo mais completo
sobre a rejeição de Cristo pelos judeus e o plano divino redentor para todos,
alcançando por fim Israel.
TRANSIÇÃO:
·
Segundo Martinho Lutero,
a epistola aos romanos é a principal composição do Novo Testamento e a mais
pura descrição dos ensinos contidos nos Evangelhos.
·
Calvino escreveu “que
entre as muitas e notáveis virtudes, a Epístola possui uma em particular, a
qual nunca é suficientemente apreciada, a saber: se porventura conseguirmos
atingir a genuína compreensão desta Epístola, teremos aberto uma amplíssima
porta de acesso aos mais profundos tesouros da Escritura”.
·
João Crisóstomo, o
maior pregador do século V, pedia que Romanos fosse lido em alta voz uma vez
por semana.
·
Agostinho, Lutero e
Wesley, três figuras extremamente importantes para a nossa herança cristã,
viveram a firmeza da fé através do impacto da carta aos Romanos em suas vidas.
·
Todos os reformadores
da igreja viam Romanos como sendo a chave divina para o entendimento de toda a
Escritura, já que aqui Paulo une todos os grandes temas da Bíblia.
EXORDIA: Nos versos
abordados por nós Paulo demonstrou três atitudes
em relação ao evangelho:
I.
Eu sou devedor (Rm
1.14);
·
Devedor é aquele que esta em obrigação
para com outro.
·
Paulo reputava-se devedor de algo em
relação ao mundo inteiro, sem importar a raça e a cultura dos homens
·
A ele se tinham sido confiados as
riquezas de Cristo, cuja finalidade era serem distribuídas a todos por intermédio
dele.
II.
Eu estou pronto (Rm
1.15);
·
Neste tempo a capital do império romano
contava com uma população de cerca de quatro milhões de habitantes, o que
significa que era uma metrópole.
·
Paulo tinha o desejo de anunciar lhes o
evangelho.
III.
E eu não me envergonho
(Rm 1.16).
·
Na capital da Grécia, Atenas, ou na
capital do império romano, Roma, o evangelho era ridicularizado como produto do
fanatismo religioso, não sendo levado a serio, especialmente no que dizia
respeito à sua doutrina da ressurreição.
Ø Para
os gregos o evangelho representava uma insensatez.
Ø Para
os judeus servia de pedra de tropeço, porque expunha idéias que o antigo judaísmo
não queria aceitar, como exemplo o Messias apresentado como servo sofredor.
·
Paulo estava dizendo que não me
envergonharei, nem mesmo em Roma, onde os altos literários aparecem e a
doutrina sobre um Salvador crucificado provavelmente nada atrairia senão
zombaria, tanto contra ela mesma como contra seus promulgadores.
·
Paulo já havia pregado em lugares sofisticados
como Atenas, Corinto e Éfeso, e sabia como os sábios tinham encarado sua
mensagem.
Ø Isso
não o intimidava.
FRASE DE LIGAÇÃO: Do
verso 16 extraímos cinco verdades:
1.
O PODER DO EVANGELHO:
I.
O evangelho é o poder
de Deus.
·
Portanto, não há
qualquer fraqueza nele, pois Deus é onipotente.
·
O evangelho é a dinamite de Deus para derrubar
as fortalezas do coração mais duro.
·
É a força irresistível
que desarma a incredulidade mais cega.
·
O próprio Paulo,
perseguidor implacável da igreja, mesmo na sua marcha sangrenta de oposição aos
cristãos, foi transformado por uma ação soberana e irresistível do evangelho.
·
O evangelho quebra
barreiras, derruba estruturas, penetra nos lugares mais fechados e transforma
os corações mais rendidos ao pecado.
2.
O PROPOSITO DO EVANGELHO:
I.
O evangelho é o poder
de Deus para a salvação.
·
Há poder que destrói e
mata, mas o evangelho é o poder que dá vida e salva.
·
O evangelho não é
apenas o poder de Deus para a salvação, mas também, o único poder capaz de
salvar.
Ø A religião, os ritos sagrados, as boas obras ou quaisquer
outros expedientes humanos são absolutamente insuficientes para salvar o homem.
Ø Só no evangelho há salvação.
Ø A centralidade do evangelho fala das boas novas de Cristo
3.
O ALCANSE DO EVANGELHO:
I.
O evangelho é o poder
de Deus para a salvação de todo aquele que crê e só daquele que crê.
II.
O evangelho não é o poder de Deus para a
salvação do descrente.
·
Apropriamo-nos da
salvação pela graça, mediante a fé.
·
A salvação é oferecida
a todos, mas somente aqueles que crêem são salvos.
·
Não há aqui qualquer acepção de pessoas, seja
de raça, posição social ou estofo cultural.
Ø Todo aquele que crê em Jesus é salvo.
4.
A UNIVERSALIDADE DO EVANGELHO:
I.
O evangelho é o poder
de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do
grego.
·
O evangelho é para todos os povos.
·
Não há limitação
geográfica nem barreira étnica no evangelho.
·
É endereçado a toda
criatura, em todo o mundo, até aos confins da terra.
5.
A EFICACIA DO EVANGELHO:
I.
Paulo é enfático,
quando escreve: Visto que a justiça de
Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por
fé... Vs. 17.
·
O homem sendo pecador,
jamais poderá ser justificado diante do Deus santo com base em seus méritos
pessoais, pois as nossas justiças não passam de trapo de imundícia.
·
Porém, nossas
transgressões foram lançadas sobre Jesus e sua justiça foi imputada a nós, para
que a justiça de Deus, revelada no evangelho, fosse apropriada por nós,
pecadores, pela fé.
·
Então, aquele que crê é
declarado justo diante do tribunal de Deus e passa a viver pela fé. Esse é o
Poder do Evangelho.
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