terça-feira, 7 de abril de 2015

O DRAMA DE JEFTÉ


TEXTO: Jz 11.30-32


E Jefté fez um voto ao Senhor, e disse: Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mão, Aquilo que, saindo da porta de minha casa, me vier ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o oferecerei em holocausto. Assim Jefté passou aos filhos de Amom, a combater contra eles; e o Senhor os deu na sua mão.
INTRODUÇÃO:  O drama de Jefté, o perigo de um líder que não foi sarado por Deus o que acabou não deixando descendência e sucessor. Ele mesmo destruiu sua posteridade. Trouxe a morte para dentro da sua casa. O preço de encontrarmos em determinados níveis de batalha sem estarmos suficientemente curados pode ser muito alto. No caso de Jefté, foi a própria filha. Podemos  afirmar que o ponto principal do ataque do inimigo é a família.
TRANSIÇÃO: Esse foi o famoso voto a Deus feito por Jefté. O que levaria uma pessoa a fazer um voto como esse? A declaração: “Qualquer que, saindo da porta de minha casa, me vier ao encontro” indica que de alguma forma Jefté estava expondo sua família de morte. Ele estava disposto até mesmo a sacrificar a filha pelo sucesso pessoal, o que levaria um pai a isso?
1.     PERSONALIDADE DESCOMPENSADA.
Era então Jefté, o gileadita, homem valoroso, porém filho de uma prostituta; mas Gileade gerara a Jefté... Jz 11.1
       I.            Acompanhamos traumas que promoveram abalos comprometedores na personalidade de Jefté.
·        Observe que existe um balanço neste versículo, na qual dois pesos são contrabalançados, tendo como ponto intermediário este grande porem da sua vida
    II.            No primeiro prato da balança temos:
·        Jefté era gileadita
Ø Morava na terá do balsamo. Era um lugar muito abençoado. Gileade era uma cidade famosa pela destreza, força e saúde dos seus filhos.
·        Jefté era um homem corajoso e valente, um grande guerreiro.
·        Jefté tinha um excelente potencial de liderança.
Ø Em qualquer situação, sua liderança destacava.
·        Jefté servia a Deus com muita seriedade.
Ø Era valoroso, homem de palavra. Manteve seu voto de sacrificar sua filha.
 III.            Porem, no segundo prato da balança:
·        Era filho de uma prostituta.
Ø Este grande porem em sua vida foi onde todo o seu potencial se descompensou.
Ø Isso passe a ser um referencial de identidade perante sua família e toda sociedade.
Ø Ele estava debaixo de um terrível legado de rejeição e imoralidade.
Ø Um homem maldito e discriminado.
Ø Ele era literalmente, a expressão da vergonha do pecado do pai.
Ø Era filho de um adultério.
Ø Era um golpe de rejeição afligindo continuamente sua alma.
Ø O ataque mais fulminante de satanás na sua vida era a rejeição.
IV.            A rejeição pelos irmãos:
·        Jefté era taxado pelos meio irmãos como o filho de outra mulher.
·        Por causa da identidade que ganhara, filho da prostituta, Jefté se viu sem herança
·        Sua identidade foi traumatizada, relacionamentos ameaçados e a herança acabou sendo saqueada.
Ø ...quando os filhos desta eram já grandes, expulsaram a Jefté, e lhe disseram: Não herdarás na casa de nosso pai, porque és filho de outra mulher... Jz 11.2
·        Ele foi deserdado, expulso de casa sem direito a herança.
·        Foi expulso também da cidade:
Ø Jefté, porem, perguntou aos anciãos de Gileade: Porventura não me odiastes, e não me expulsastes da casa de meu pai?( Jz 11.7).
·        Todo este estigma nutriu uma ferida na vida de Jefté comprometendo sua identidade, relacionamentos e herança.
   V.            A indiferença do pai:
·        Gileade parece não fazer nada para resolver uma situação que na verdade foi ele quem criou e seria portanto o mais responsável.
·        Enquanto Jefté sentia as consequências, Gileade sentia a culpa, marginalizado na própria família, sem fazer nada.
Ø Quando os irmãos o deserdaram o pai não fez nada;
Ø Quando Jefté foi agredido moralmente como filho da outra, o pai nunca fez nada
Ø Quando os anciãos da cidade o expulsaram de sua própria casa, o pai continuou não fazendo nada.
·        Imaginamos que a indiferença do pai tenha ferido ainda mais Jefté.
·        O grande problema de Jefté não era os irmãos o rejeitarem ativamente, mas o seu pai que o rejeitava passivamente.
VI.            A vergonha da mãe:
·        Sua mãe era uma prostituta, uma mulher vil e discriminada pela sociedade.
·        Imagino quantos vezes Jefté via sua mãe saindo com outros homens.
Ø Aquilo o machucava.
Ø Uma vergonha crônica era constantemente sedimentada na sua alma.
Ø Ele tinha que carregar na face o pesar em relação à vulgaridade da mãe.
Ø Por onde ele ia, esta vergonha o atormentava.
VII.            O abandono do lar: então Jefté fugiu de diante de seus irmãos... Jz 11.3.
·        Aqui, Jefté corresponde à rejeição recebida com rebelião.
·        Jefté não suporta mais o impacto da dor emocional e abandona o lar.
·        Porem, apesar de ter saído da situação, obviamente, a situação não saiu de dentro dele.
·        Ele leva consigo uma grande dor e pesada bagagens de tantas pedradas.
·        Isso fez de Jefté um homem em perigo e potencialmente perigoso.
VIII.            A marginalização: A maldição do filho bastardo.
·        “...e habitou na terra de Tobe; e homens levianos juntaram-se a Jefté, e saíram com ele” (Jz 11.3).
Ø Ele mesmo se marginalizou.
Ø Estava confirmando o seu sentimento de rejeição.
Ø Aqui entendemos a síndrome dos meninos de rua.
2.     O PRINCÍPIO DA RETALIAÇÃO
       I.            Primeiro veremos colisão X retaliação:
·        É fundamental discernirmos estes dois conceitos na batalha espiritual.
·        Quando somos curados entramos na batalha.
·        O que é colisão:
Ø Exemplo clássico de colisão foi a morte de Jesus. Ao tomar intercessoramente nosso lugar, a serpente mordeu-lhe o calcanhar, porem ele esmagou-lha a cabeça.
·        O que é retaliação:
Ø É quando entramos na batalha espiritual sem armadura e cobertura. Ficamos vulneráveis.
Ø Contra retaliação não se ora, se fecha as brechas e cura-se as feridas.
Ø Oração tipo “proibindo toda retaliação do diabo”, na verdade são ingênuas e inofensivas.
    II.            A posição de liderança sem a genuína autoridade vira um pesadelo:
·        O conflito não resolvido de hoje é a crise de amanhã!
·        Quantas pessoas despreparadas para casamentos, para liderarem igrejas, pastorear, para empresas etc.
 III.            Jefté subitamente é levantado como líder da sua cidade.
·        Quem esta por traz dessa situação? Deus ou o diabo?
·        Encontramos aqui algo muito perigoso.
·        Um homem ferido e marginalizado torna-se líder da cidade e nação.
·        Assumir uma posição sem estar curado é uma terrível armadilha.
·        Bajular pessoas e ignorar a moral é uma cilada.
·        Os anciãos da cidade precisavam de um testa de ferro, e Jefté queria estar por cima daqueles que o rejeitaram.
Ø “Então Jefté disse aos anciãos de Gileade: Se me fizerdes voltar para combater contra os amonitas, e o Senhor nos entregar diante de mim, então serei eu o vosso chefe. Responderam os anciãos de Gileade a Jefté: O Senhor será testemunha entre nós de que faremos conforme a tua palavra... Jz 11.9-10”
Ø Jefté mal podia se conter pensando nessa virada de mesa.
Ø Jefté queria tanto se promover que negociou com Deus a ponto de expor sua própria família.
·        Existem aqueles que estão errados e mesmo assim pensam que estão sendo usados por Deus e não querem parar.
·        Jefté expos sua filha em prol de uma vingança emocional.
IV.            Jefté ganhou a guerra, mas perdeu a filha.
·        Arruinou seu lar e extinguiu sua linhagem.
·        Nenhum tipo de vitória compensa a destruição da família.
3.     FAZENDO UM DISCERNIMENTO DA BATALHA
       I.            Jefté entrou numa batalha sem cobertura nenhuma.
·        A nação estava mergulhada numa apostasia e estava se consertando.
·        Não havia homens de oração ou intercessores.
·        Antes de tudo é preciso esta debaixo de uma cobertura para vencer a batalha.
    II.            Quem era o exercito inimigo?
·        Os amonitas. Quem eram os amonitas? Era um dos piores inimigos de Israel.
·        Conhecer o inimigo gera informações que fazem a diferença.
·        Amom e Moabe eram filhos de Ló com suas filhas (Gn 19.24-38).
Ø Eram filhos bastardos frutos de um incesto.
·        Jefté também era bastardo, fruto de prostituição e adultério.
Ø Aqui descobrimos a vulnerabilidade de Jefté. Ele estava numa batalha perdida.
 III.            Aprofundando um pouco mais:
·        Será que o que aconteceu com as filhas de Ló tem a ver com o que aconteceu com a filha de Jefté?
Ø O mesmo espírito que destruiu as filhas de Ló também destruiu a filha de Jefté.
Ø Nos deparemos com dois heróis da fé que perderam suas famílias.
4.     COMO DAR A VOLTA POR CIMA:
       I.            Resolva os conflitos do passado para ter futuro.
·        O conflito não resolvido de hoje é a crise de amanhã.
·        Há quem você precisa liberar perdão? Para quem você precisa pedir perdão?
·        Quais são os estigmas que você precisa quebrar? Qual é o seu “porem”?
    II.            Esteja debaixo da cobertura espiritual.
·        Isso pode ser uma liderança.
·        Intercessores pela sua vida.

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